O desespero é o silencio
é a ausência do sólido
A dor abstrata

Seria muito mais fácil sentir dor
Mas o desespero é covarde
ele massacra qualquer sentido
e deixa o torpor

O desespero é o grito sem voz
O precipício sem fim
O fígado de Prometeu
É a tristeza escondida pela maquiagem do palhaço
É o fim do mundo antes do fim, antes do mundo.

É isso,
Inevitável, indesejável, incurável

É aquilo
Irreconhecível aos olhos estranhos
Inconfundível ao corpo desesperado

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